Fusão de empresas é a união de duas ou mais organizações resultando em uma nova companhia. Esse processo, geralmente, é realizado por empresas do mesmo segmento ou, pelo menos, de setores parecidos, mas nada impede que ocorram entre empresas que atuam em diferentes áreas.
É importante que este tipo de negociação, que faz parte do conceito oficial “Fusões e Aquisições” (F&A) – conhecido também por M&A, em inglês Mergers and Acquisitions, possua um respaldo jurídico, com atuação de profissional especializado, para que todo o processo aconteça em conformidade com as leis.
Na legislação brasileira, a união de empresas é regulamentada pelo Código Civil e pala Lei das Sociedades Anônimas, sendo caracterizada como “operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar sociedade nova, que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações”, dependendo, nos casos das companhias organizadas por ações, de autorização em assembleia geral.
Para se ter ideia, de janeiro a junho de 2021, foram registradas movimentações de R$258 bilhões entre as operações anunciadas e concluídas de fusões e aquisições, de acordo com dados da Transactional Track Record (TTRecord).
Vale destacar ainda que esse número representa crescimento de 48% em relação ao primeiro semestre de 2020.
Obviamente que, para realizar a fusão de empresas, é preciso estruturar diversas frentes para estudar o mercado, considerar os riscos, entender os processos jurídicos envolvidos e os benefícios de uma possível união.
Diante deste contexto, preparamos esse conteúdo sobre os tipos, desafios e os benefícios da fusão de empresas. Confira!
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Conheça os tipos de fusão de empresas
Fusão horizontal
Entre os tipos de fusão de empresas, a horizontal é a que envolve organizações da mesma área, geralmente, concorrentes na venda de um mesmo produto ou serviço.
O objetivo desse tipo de negócio é que, após a fusão, a nova empresa tenha mais participação e representatividade no mercado de atuação.
Além disso, como são empresas do mesmo segmento, geralmente, esse tipo de operação resulta em diminuição dos custos sobre o processo produtivo, considerando que haverá a unificação de estruturas administrativas.
Fusão vertical
Já a fusão vertical é a união de duas ou mais empresas cujos os negócios se complementam e unificam suas operações.
Nesta opção, as organizações não podem ser concorrentes diretas, mas atuam em diferentes níveis dentro de uma mesma cadeia produtiva.
O objetivo desse tipo de processo é o maior controle sobre a cadeia de suprimentos e matéria-prima, além de mais facilidade na distribuição de seus produtos.
Conglomerado
O conglomerado é a fusão de organizações de segmentos diferentes e não relacionados, com produtos ou serviços totalmente variados.
No conglomerado, o intuito é diversificar o risco e aproveitar as oportunidades de investimento.
Fusão de extensão de mercado
Entre os tipos de fusão de empresas, ainda existe a fusão de extensão de mercado, que é a operação que envolve duas ou mais organizações que produzem os mesmos produtos, mas para mercados separados.
Neste caso, o objetivo é conquistar um mercado e uma base de clientes ainda maiores.
Fusão de extensão de produto
Por fim, a extensão de produto nada mais é do que a união de empresas que tenham produtos relacionados e na mesma área de atuação.
Nesse tipo de fusão, o propósito é agrupar os produtos e garantir uma base maior de consumidores a fim de aumentar a lucratividade.
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Entenda os benefícios desse tipo de negócio
Após entender os tipos de fusão de empresas, chegou o momento de conhecer os benefícios desse processo de união de organizações. A seguir, conheça as principais vantagens:
- Aumento de receitas
- Redução de custos
- Diminuição dos riscos de mercado
- Crescimento de mercado
- Diversificação dos investimentos
Além disso, a depender do segmento, podem existir vantagens pontuais que atraiam as empresas por optar por esse processo de união com outras organizações.
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Saiba quais são os principais desafios da fusão de empresas
Apesar das vantagens, a fusão de empresas também apresenta diversos desafios que precisam ser levantados e analisados antes do processo ser iniciado. Confira:
- Obstáculos burocráticos
- Aspectos jurídicos
- Unificação de processos e tecnologias
- Integração das equipes
Com isso, é possível passar para as etapas de: análise das necessidades e possibilidades; seleção e negociação; assinaturas de instrumentos jurídicos prévios que resguardarão as partes nessas tratativas iniciais, como acordos de confidencialidade e memorandos de entendimentos; due dilligence e avaliações; elaboração dos documentos necessários; obtenção das autorizações estatais necessárias; aprovação dos sócios; dentre outros.
Nesse sentido, além dos especialistas nesse tipo de negócio, uma assessoria jurídica é fundamental para garantir que todo o processo de fusão de empresas seja realizado em conformidade com a lei.
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